Grita Cia de Palhaças

Sinopse

Depois de muitas tentativas fracassadas, Super Adelaide cria um plano infalível para salvar os animais do terrível zoológico. Com o plano nº 269 em mãos, sua capa de pano de chão, seu cinto multiuso e sua bolsa cheia de surpresas, nossa Super Palhaça faz do público seu cúmplice nessa missão. Entre tropeços, paqueras e trapalhadas, ela revela seus superpoderes e todo seu charme nessa aventura. Conseguirá por fim cumprir essa missão ou apenas transformará tudo em um caos?

Ficha Técnica

Direção, atuação e roteiro: Juliana Galante

Cenário: Juliana Galante

Trilha sonora: Vitor Delallo, Mauro Junior e Pedro Mello

Mixagem – Mop Estúdio Áudio Lab

Desenho de luz: Matheus Gasparini

Operação de som e luz: Matheus Gasparini

Contra regra: Mariana Ferrari

Fotos: Letícia Padilha

Produção: Palhaça Adelaide

Release

Plano nº 269 é um espetáculo/plano para salvar os animais de um zoológico abandonado, onde os animais presos nas jaulas são o público, ou ainda a própria palhaça. A dramaturgia do espetáculo se dá por um roteiro aberto ao jogo com o público e muito improviso. Em cena, a palhaça, essa figura provocadora, satírica e política, não se limita a fazer o público rir, mas desenvolve durante o espetáculo um pensamento crítico acerca de injustiças, e através do riso, propõe desestabilizar pensamentos cristalizados. Do início ao fim do espetáculo, a atriz estabelece um jogo íntimo com o público, criando uma relação intensa e contínua, quase uma relação amorosa. E é a partir dessa relação estabelecida, que o ativismo acontece.

Proposta de encenação

Este espetáculo é fruto da pesquisa desenvolvida pela atriz, sobre comicidade e ativismo. A proposta do espetáculo surgiu em uma oficina com a palhaça suíça Gardi Hutter realizada em novembro de 2014, passando pela direção indireta do palhaço italiano Leris Colombaioni, em uma oficina de direção, também em 2014.  Com estreia em 2016, o espetáculo teve muitas apresentações, destacando-se: FILO (Festival Internacional de Londrina) em 2016; Festival do nariz vermelho de Londrina em 2016; FRINGE (Festival de teatro de Curitiba) em 2018 e Super Mostra de Palhaços de Curitiba em 2022. Além disso, recebeu prêmios de melhor espetáculo, melhor cenário e melhor atriz em 2016. Nessa pesquisa, arte e ativismo se encontram na figura da palhaça para questionar as desigualdades entre as espécies e trazer a tona a desigualdade e gênero, de forma sutil. Por sua relação de troca com o público e a capacidade de afetar o outro através do riso, a palhaça se torna um meio de comunicação direta, capaz muito além de levar informação, criar uma relação intensa com quem a assiste, tendo autonomia para expor em cena, muitas vezes a partir do seu aspecto ridículo, questões extremamente sérias. A palhaça se coloca em um estado de igualdade ou inferioridade em relação a quem a assiste, mas nunca de superioridade, dando abertura para que riam de seus erros e de sua insignificância e com isso acaba por ganhar a afeição e sua confiança, assim ela é ouvida. É essa capacidade de ser ouvida, de que a figura da palhaça dispõe, além de sua liberdade em zombar de assuntos considerados sérios, que possibilita sua ação ativista.

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