Sinopse
“Metaformosa” é uma celebração das relações que aceitam e respeitam a individualidade das mulheres numa sociedade machista, que as aprisiona em um mesmo padrão. Assim, três palhaças, cada uma à sua maneira, lidando com as dores de ser mulher se encontram e fazem um convite à liberdade, dialogando com a metáfora da lagarta, que no tempo dela, sai do casulo e voa como uma borboleta. Conta com a direção de Adelvane Neia, a palhaça Margarida, que considera esse trabalho uma contribuição para a dramaturgia feminina em palhaçaria. Nas palavras da diretora “é original, profunda, delicada, feminina”.








Ficha técnica
Direção: Adelvane Neia
Atuação: Aneliza Paiva, Juliana Galante, Mariana Ferrari
Figurino: Rhafael Magalhães
Desenho de luz: Matheus Gasparini
Técnico de luz e som: Matheus Gasparini
Trilha sonora: Grita Cia. De Palhaças
Cenografia: Grita Cia. De Palhaças
Arte Gráfica: Dalton Albertin
Fotografia: Fábio Alcover
Vídeo: Leon Gregório
Produção: Grita Cia. De Palhaças
Release
A Grita Cia. de Palhaças apresenta espetáculo que mostra a delicadeza, emoção e o feminino sob o olhar de três palhaças. Estreou em outubro de 2019, o espetáculo Meta For Mosa, que marca também a conexão da Grita Cia. de Palhaças, formada pelas atrizes e palhaças Aneliza Paiva (Frida), Juliana Galante (Adelaide) e Mariana Ferrari (Cora).
As palhaças já foram apresentadas juntas em “As Multidançarinas” e se reuniram para montar um novo espetáculo que envolve questões do feminino, de ser mulher e de ser palhaça. Para dirigir a dramaturgia e acompanhar a montagem, Adelvane Néia, palhaça Margarida, com 30 anos de carreira e experiência, tanto em cena quanto na direção, se uniu ao projeto.
O espetáculo
O espetáculo Meta For Mosa nasceu do encontro de três palhaças, cada uma com suas experiências e particularidades. Durante aproximadamente dois anos, as três se voltaram em cena nas Multidançarinas, apresentações em cabarés, festivais e eventos.
A partir deste encontro, surgiu a vontade de se aprofundar ainda mais nessas figuras, para a criação de um espetáculo de palhaças, que dialogasse com o universo da dança, mas que principalmente, envolvesse questões do feminino, de ser mulher e de ser palhaça. Num estudo profundo de palhaçaria feminina e mergulho em universos pessoais. Para dar início a esse trabalho, as palhaças decidiram que seria importante ter uma diretora. Que também fosse palhaça e conseguisse extrair com sutileza e delicadeza, as minúcias e especializadas dos artistas.
Assim, Adelvane Néia, a palhaça Margarida, com 30 anos de carreira e experiência tanto em cena quanto na direção, se uniu ao projeto. Com um olhar cuidadoo, ela instigou as palhaças a se mostrarem de maneira pura e selvagem.
A percepção sobre o tema se aprofundou. As artistas mergulharam nas mesmas, em suas histórias e ações que são pessoais ao mesmo tempo que comum a todas as mulheres.
A dança voltou a aparecer neste contexto como triunfo! Quando as pessoas se desarmam e voam livres, sem preconceitos, medos e falsas realidades. É quando todos dançam, quando olhamos para as outras pessoas sem julgamento, mas sim como criaturas em transformação e transfiguração. É quando aceitamos a outra, mesmo ela sendo diferente de nós.
Durante a criação, as três artistas desenvolveram veredas muito pessoais em suas figuras. Doçura, excentricidade e rispidez foram características marcantes do processo. Que moldaram as relações em que as figuras improvisaram. A partir daí, as três já estavam falando a mesma coisa, de maneiras diferentes.
E com isso a dramaturgia deu um salto e se mostrou forte, diante dos artistas. Cada uma interagindo com a outra correspondendo ao seu papel na sociedade, expondo o peso que ela exerce sobre as outras pessoas. E, neste caso, sempre com o foco na mulher.
Aos poucos essa metamorfose com a qual o título do espetáculo dialoga, começou a se fazer presente na cena, e, também nas vivências das artistas. Cada uma viveu seu próprio processo de transformação ao longo deste trabalho.
O material em si, também viveu uma grande metamorfose. Cada uma a seu modo, foi olhando para si, retirando camadas e trazendo à tona um lado diferente, mais profundo, e até então, oculto. Que agora surpreende na maneira de criar afetos.
É assim, metamorfoseadas, ou metaformoseadas que essas figuras convidam a plateia para uma celebração do ser humano, do ser mulher, das potências pessoais e da liberdade de ser.